2011(e)ko ekainaren 9(a), osteguna

Mirada en lampediça urrar padre d'espiritus

Subo nas escadas, passo,

Passa a passa,

Por todas as cores

Do que chamam ilusões

Agarro as mortas flores

Da telha fria

Desço do telhado

Esperei sempre, sempre

Voar e não cair

E quando finalmente

Se aproxima o chão

Entro numa queda leda,tão lenta,

Tão incrivelmente lenta

que quando o sol determinado, Impiedoso:

me esmaga os músculos e os ossos

As veias artérias e os tendões,

fá-lo tão lentamente

que a dor não vem

no corpo que não é meu,

Na vida que não é minha ,

Nem de Ninguém.

Porque o tempo da queda

Ultrapassou o do mundo

E ao bater no solo

Bati no nada

Cortando o nada com o nada

Eu anjo insubstancial

De Nada Feito

Sem Antes nem Depois

2011(e)ko otsailaren 5(a), larunbata

Castanhicas ampeçássen a zambolber, por un lhado auga,la relhaçon yá ten seclos

més de las nubrinas traer auga puxada a aire

cacholicas i chobiznalha, merujeiro de la morrinha até eilhi nubrineiro lhebando refieiro
Assi, puode ber-se scarabanada
cun que estas bariedades
zurbada zamborinada,pul outro porrascada
andubírun pula region de Miranda.

madrigueira del lhobo carranca nel perro lhobeiro

2011(e)ko urtarrilaren 23(a), igandea

ARMANO RACHÕFI CAVACO ARMANO HAI FABEL MORRIU-SE LA MÁI D'EILHA

rachõfí, cavaco

de bolhaco e bolhaca

morríu-se la mái d' eilha

screbida hai cientos d'anhos

i de scritores hai muito afamados,

deu armano a Fabel m' uija canhona