2011(e)ko ekainaren 9(a), osteguna

Mirada en lampediça urrar padre d'espiritus

Subo nas escadas, passo,

Passa a passa,

Por todas as cores

Do que chamam ilusões

Agarro as mortas flores

Da telha fria

Desço do telhado

Esperei sempre, sempre

Voar e não cair

E quando finalmente

Se aproxima o chão

Entro numa queda leda,tão lenta,

Tão incrivelmente lenta

que quando o sol determinado, Impiedoso:

me esmaga os músculos e os ossos

As veias artérias e os tendões,

fá-lo tão lentamente

que a dor não vem

no corpo que não é meu,

Na vida que não é minha ,

Nem de Ninguém.

Porque o tempo da queda

Ultrapassou o do mundo

E ao bater no solo

Bati no nada

Cortando o nada com o nada

Eu anjo insubstancial

De Nada Feito

Sem Antes nem Depois